06) Está na hora de caçar alguns jacarés…

E vamos para o 10º post (em quase um ano e meio de blog)!

Quando se pensa em um jogo de Arcade (ou fliperama, como é conhecido por essas bandas), sempre pensamos nas gigantes do mercado, como a Capcom, Konami, Namco, dentre outras.  Mas ainda temos inúmeras outras produtoras de pequeno porte (ou, pelo menos, não tão conhecidas) que também produziram (e produzem) outros jogos bastante interessantes. E é sobre um desses casos que iremos comentar hoje.

Tela inicial do jogo. Maneiro, não acham? =D

“Alligator Hunt” é um shooter produzido pela desconhecida Gaelco em 1994. Aliás, cabe comentar um pouco sobre a empresa: a Gaelco é uma empresa espanhola criada em 1985, cujo grande ramo de trabalho são os Arcades, sendo que mais recentemente a empresa começou a produzir seus jogos para os consoles. Visitando o site da empresa descobri que esse não é o primeiro jogo dela que eu debulhei. Há mais ou menos 10 anos, em uma das minhas andanças em um shopping do Rio, descobri um jogo de futebol diferente dos que estamos acostumados. A curiosidade desse jogo não era necessáriamente nos gráficos, mas sim pela adição de um modo de interação a mais, além dos já conhecidos botões e direcional:

Com vocês, Gaelco Football Power!!

Repararam na parte inferior do Arcade mostrado na figura? Na verdade, é através daquele dispositivo que se executam os passes, cruzamentos e chutes a gol. E o melhor de tudo, da forma mais intuitiva possível: chutando. O dispositivo (que é genial) ainda detectava a intesidade e a direção dos seus chutes. Poucas vezes um jogo de futebol foi tão interativo quanto esse.

Mas vamos voltar ao jogo aqui analisado. Temos um bando de alienígenas-répteis invadindo o nosso planeta, e, diante da iminência do fim da humanidade, o nosso planeta utiliza a sua arma secreta: dois mulequotes equipados com seus skates (e com naves a partir da segunda fase), armas com munições infinitas e muita atitude. Pelo visto, caso a Terra esteja em perigo, basta chamar o Bob Burnquist ou o Sandro Dias! =D Uma das coisas curiosas dele é que, ao se iniciar o jogo, não há nenhuma tela explicando a história do jogo, você já entra direto para a jogatina. Apesar disso, não se assuste, caro iniciante em MAME: os controles são bem intuitivos e bem fáceis de aprender.

Engenharia robótica alienígena ao fundo. Bem anos 90, não? =D

Quanto ao “gênero”, trata-se de um shooter, mas com a visão não-convencional. É bem ao estilo de NAM-1975 (Neo-Geo) ou ainda Wild Guns (SNES), onde os inimigos vão surgindo do fundo da tela e você os detona através do botão de tiro. O direcional permite a movimentação da sua mira pela tela e temos mais dois botões: um para “cambalhotas”, que são uma mão na roda para desviar dos milhares de tiros que vêm em sua direção, e um para as tradicionais bombetas que fazem um bom estrago.

Primeiro chefão do jogo!

Os gráficos são muito bons. Os personagens são bem animados e temos vários efeitos 3D que funcionam muito bem. Além disso, a movimentação dos personagens é bem convincente e flui muito bem, apesar de se levar um tempo para se acostumar ao estilo de jogo. A dificuldade é bem balanceada, na primeira fase o jogador não terá tantas dificuldades, mas ao avancar ele terá a tela abarrotada de inimigos dispostos a acabar com as suas esperanças de chegar ao final do jogo. Para ajudar nessa empreitada, basta se entupir de mísseis acertando seguidamente os jacarés que aparecem de vez em quando durante as fases. Os seus tiros também neutralizam a grande maioria dos tiros que são enviados a você, o que ajuda nas horas de aperto. Ainda assim, pode ter certeza: você passará bastante aperto nesse jogo!

Me deparei com essa tela várias vezes!

Entretanto, o jogo possui alguns defeitos que o comprometem um pouco. Apesar do seu personagem possuir uma barra de energia, na verdade basta os inimigos te acertarem duas vezes (seja o primeiro inimigo que aparece ou o chefão supremo da última fase). Isso, somado ao fato de que você têm apenas uma vida, possa irritar muitos que se aventurem a jogá-lo. Além disso, o jogo é bem curto (são apenas 3 fases), em cerca de meia hora você chega ao seu final. As músicas são bem repetitivas (na verdade, são apenas duas) e os efeitos sonoros não merecem maiores destaques. Por conta dessas falhas, o jogo têm uma aparência de inacabado (ou mesmo de uma “versão beta”), o que acaba tirando pontos preciosos em seu julgamento.

Flyer do jogo! Mais uma amostra dos anos 90! =D

Apesar dos defeitos descritos acima, vale a pena uma conferida nesse jogo bastante curioso. Ainda que o que foi dito no parágrafo acima possa irritar em alguns momentos, serve pelo menos para mostrar que há inúmeras empresas desconhecidas que, com perseverança e um certo talento, podem render também horas de diversão com as suas criações, o que torna o mundo desconhecido dos Arcade ainda mais prazeroso de desbravar. Para finalizar, segue um gameplay completo do jogo!

Bom, é isso que eu tinha a dizer! Como prometido, agora vou ver mais constante nas minhas postagens (provávelmente a cada duas semanas), continuando a minha missão de mostrar mais pérolas desse tão maravilhoso mundo dos arcades. O próximo jogo já se encontra no cabeçalho. Tentem advinhá-lo e postem nos comentários.

Até o próximo post e viva aos Arcades (e ao MAME)!!!

Sobre A.L.A.S.

Um indivíduo extremamente saudosista e retrogamer disposto a ser um "Indiana Jones" dos arcades! =D
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3 respostas para 06) Está na hora de caçar alguns jacarés…

  1. Putz, que bizarrice 0_0

    Aliás, o tal arcade de futebol me deixou curioso… se tivesse um vídeo com você jogando esse treco ia ser uma sensação na retrosfera ^_^

    • A.L.A.S. disse:

      O jogo é bizarro mesmo, mas bem interessante!

      Cara, nem sei se consigo encontrar esse Arcade de Futebol, mas eu garanto que, se eu conseguir, com certeza gravarei um vídeo.

  2. Cosmonal disse:

    Caramba, tinha esse futebol da Gaelco aqui num shopping de Salvador, incrível! Lembro, obviamente, por causa da presença da bola.

    Falando no Aligator Hunt, gostei bastante, até porque sou órfão de Galaxy Force, Cabal e títulos do gênero – inclusive Wild Guns é o cartucho que está encaixado aqui no SNES a um bom tempo, não consegui terminá-lo no normal nem com reza braba, dificílimo hehehe!

    E não é que o Aligator Hunt vira mesmo um “Galaxy Force” ali na fase com a nave decolando? Opa, MAME agora, valeu a dica!

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